Tuas Certezas São Absolutas?


Tuas Certezas São Absolutas?

- Um ensaio sobre a ciência - 
Copérnico, Galileu, Kepler e Brahe, o que eles têm haver  com o Covid-19?

Nada... E tudo!

Estas 4 figuras históricas, magníficas e extraordinárias para a humanidade, viveram no Séc. XVI e são considerados os precursores da ciência moderna, tal qual a concebemos hoje.

(Tá, e daí?)

Explico; eles nada têm a ver com o processo infeccioso do Covid, mas com seus reflexos de ordem emocional simplesmente por haverem sido cientistas.

Sabidamente por estudos inúmeros realizados, a "fé remove montanhas" além dos preceitos dogmáticos cristãos. A fé na ciência estabelece-se como um importante pilar ao equilíbrio psíquico do ser humano e, ela, entre meados de 2019 até a presente data, tem sido decepcionante em todas as suas vertentes analíticas.

Artur Ávila, orgulho nacional por ser o primeiro brasileiro a ganhar a medalha Fields (similar ao Nobel, ou a Cannes, só que da matemática), recentemente declarou numa entrevista que na ciência, nem sempre 2 + 2 somava 4. Segundo ele, dependendo da área abordada, o inexato deveria ser a possibilidade a considerar-se, principalmente quando amostras primárias variassem por fatores diversos.

Quando eu li tal posição, pensei: "Artur, esta foi uma grande revelação. Te agradecemos pela informação mas, me desculpe, não tranquiliza nossas mentes, neste momento de epidemia". Como eternos 'iletrados', sempre haveremos de esperar o bálsamo capaz de parar a dor ou curar a ferida. Qualquer possibilidade de pensarmos diferente angustia nossos neurônios, ao admitirmos que a ciência também erra!

Para nós, mortáveis, é difícil compreender:

. o Imperial College, de Londres, calcular 1,8 milhão de mortos no Brasil;

. o mesmo ICL calcular o pico de contágios no Brasil, para o mês de abril, quando pesquisadores da UFRJ garantiram ser em julho, o ex-Ministro Mandetta informar que seria em agosto, e o Comitê Científico do Rio de Janeiro afirmar que ele já ocorreu: foi em maio;

. que os dados dos cartórios estabelecem apenas 1/3 das mortes, comunicadas diariamente de forma oficial (a resposta do Min. da Saúde a tamanha dicotomia numérica reside no fato de algumas cidades brasileiras só informarem seus mortos com atrasos de até 30 dias);

. que todo vírus tem uma vida máxima de 3 semanas, ao circular livremente;

. que a a quarentena era fundamental apenas para equipar os sistemas de saúde e evitar seus colapsos de atendimento;

. que a 2a. 'onda' não era um mal porque, sem colapso nos sistemas, ocorreria a tal "imunização de rebanho";

. que não devíamos usar máscaras. Mas agora fundamentais;

. que alguns povos africanos encontravam-se imunes ao Covid-19, por conta de remédios anti-parasitários. Sob evidências profiláticas.

É importante esclarecer que as posições, acima, foram dadas por expoentes científicos.

Além disto vivenciamos a referência "The Lancet" se retratando por divulgar pesquisas inadequadas.

 Ozônio retal, casca de árvore de Gana, e até broto de feijão ser vendida a R$ 1 mil pelo Bispo Valdomiro Santiago (esta foi inacreditável!). 

Tem até vacinas em disputa presidencial (com sinceridade, eu achava que já tinha visto de tudo nesta vida. Ledo engano).

Na realidade, até poderíamos compreender a inexatidão da ciência, desde que as estatísticas de mortandades não viessem com nomes e sobrenomes por nós conhecidos. Desde que um trabalhador, morando com seus 4 filhos em 25 metros quadrados, não tivesse perdido seu emprego ou sobreviva apavorado disto ocorrer. No mínimo que o auxílio governamental o tranquilizasse em valor e facilidade em adquiri-lo. Sem tais situações, às vezes gostaríamos que a ciência, vez por outra, se mantivesse em silêncio, como prelúdio de paz.

Pelo menos há 500 anos atrás, Copérnico, Galileu, Kepler e Brahe pertenciam à classe de homens 'desacreditados'.

Concluo que a ignorância, às vezes, é uma dádiva.

Paulo Portela
CEO da Medikus Sistemas de Saúde e fundador do Base Social (apoio emocional a trabalhadores)

www.cronistasdewhatsapp.blogspot.com

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